segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Você não precisa de mais ninguem!!!

Sera que vale apena ser companheiro com alguem?
sera que vale apena se preocupar com alguem; ajudar, aconselhar, dar um ombro amigo?
A resposta é simples:
Se voce espera que esse alguem faça o mesmo com voce, pode parar por aqui, porque as pessoas so estao preocupadas com sigo mesmo, e por mais que voce a ajude, ela nunca vai parar para fazer o mesmo, porque as pessoas acham que o seus problemas sao os maiores do mundo,elas estao ocupadas demais olhando para a sua propria barriga, e nao sao capazes de te estender a mao quando voce mais precisar, nao sao capazes nem de perguntar se voce esta bem.
Entao vá viver sua vida, seja individualista, talvez assim voce nao se decepicione quando alguem ( aquele alguem que voce "sempre" ajudou) não se preocupar com voce.

( talvez nao seja assim, talvez nao é assim, talvez eu so esteja falando isso por um momento de raiva, de desilusao.)
Continue acreditando no proximo, o proximo pode ser voce!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Relatos de uma vida - Parte II

Hoje ele veio me assombrar, veio colocar medo em suas palavras que não saíram ate hoje da minha cabeça. Ele me disse que só ira partir de vez, quando eu realmente renascer, só que é ai que esta o problema, para eu renascer eu primeiro tenho que morrer.
Não quero morrer! Não quero deixar essa parte de mim! Não quero entrar nesse mundo real, quero continuar com as minhas fantasias! Eu não quero pagar pelos meus atos, eu sou covarde, tenho medo da verdade, essa verdade me dói, essa verdade me assombra, ele ainda me assombra, ele sempre irá me assombrar! Com ele aqui fora do meu controle, as horas ficam mais longas, os dias mais cumpridos, loucuras passam em minha cabeça, aquela cena não sai do meu pensamento, ela se repete a cada segundo a cada momento, cada minutos que se passa, ela parece ser mais longa. O erro se repete, e o sangue se derrama.
Após esse “baque” eu percebo que a cada dia que passa ele me coroe e me destrói mais e mais.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Relatos de uma vida - Parte I

Hoje o dia começou mais leve, porem não tão menos triste quanto aos outros. Ele morreu e eu renasci.
Na vida temos que fazer escolhas para poder seguir em frente, e eu me escolhi. Escolhi continuar vivendo, deixei ele para trás, um pedaço de mim, um pedaço da historia, ele teve que morrer , não existia espaço para nós dois, hoje eu choro por ter que vê-lo partir, talvez assim seja melhor porque amanha poderia estar chorando por vê-lo me destruindo, são escolha que devemos tomar, como já dizia o poeta – Na vida há dois caminhos mais só um que vai na direção certa.
E nesse novo caminho sou eu quem mando, sou eu quem controlo, sou eu quem decido.
Chega de ilusões, porem a maior tristeza do dia foi descobrir que ele sou eu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Capitulo I - Camila e Eduardo

Eduardo Burbom,21 anos, solteiro a pouco mais de 2 meses após sair de um relacionamento conturbado com a ex namorada em que dentro de uma semana antes do termino do namoro seria sua futura noiva.
Camila Rosa, 32 anos, solteira por opção (masculina), era completamente apaixonada por seu colega de trabalho, Eduardo, o saradão jovem da repartição.
Para Camila, Eduardo era um cara diferente, sempre alegre bem humorado, tinha todo um charme que envolvia qualquer mulher, sabia escolher as palavras certas para levar qualquer mocinha no papo, fácil, fácil. E com Camila não foi diferente, mais Eduardo não era atencioso, carinhoso, gentil, com segundas intenções, era o jeito dele, ele era um Don Juan por natureza, e Camila captava isso.
Apesar de Eduardo ter apenas 21 anos, suas atitudes mostravam que o jovem tinha muito mais que isso, desde cedo Eduardo era estudioso, trabalhou des dos 15 no escritório do tio, Camilo o viu crescer ali, mais por que agora esse amor por esse moleque?
De uns tempos para cá Eduardo começou á agradar Camila, levava chocolate depois do almoço, doces, mandava bilhetinhos carinhosos elogiando seu cabelo, seu belo corpo, e Camila não sabia como encarar isso, não sabia se jogava a real para Eduardo e acabar com essa enrolação, mais tinha medo de assustar o garoto, medo dele achar que ela queria prendê-lo assim como fez com seus antigos namorados, Camila estava se segurando para não dar na cara a tamanha vontade de agarrar o garotão no meio do escritório, o pior era disfarçar quando encontrava Eduardo no corredor e o garoto dizia que ela era a mais bela rosa que ele já tinha visto, era difícil resistir aos encantos do mauricinho que indicava que estava afim dela [...]

Quando Camila viu no identificador de chamadas o numero de Eduardo, logo pensou que o garoto estava ligando para falar sobre algum assunto com respeito a trabalho pois ela estava de férias a 8 dias e deixará algumas tarefas pendentes . Engana-se. Eduardo telefonava para convidá-la para ir a noite em um show, no Canecão, Camila sabia que Eduardo tinha contado com os patrocinadores da casa de show e conseguia facilmente ingressos para camarote com tudo pago. Antes de fazer o convite praticamente já feito Eduardo pergunta a Camila se ela curte O Rappa
- O Rappa? – pensou ela com um tom de duvida. Conhecia a banda mais não estava definitivamente entre as suas preferidas
- É uma banda diferente de rock bem moderno, não é bem o seu estilo mas.. disse ele indeciso
- Claro que conheço! Disse ela rapidamente antes que pudesse desfazer o convite
- Então, consegui uns ingressos para hoje a noite, o Renato do escritório vai ir também com a namorada dele, queria saber se você quer ir com a gente?
- Claro que sim, adoraria, que horas vai ser o show? Disse meio desconfiada para não mostrar tamanha afobação
- A casa abre as 22h mais a gente ta pensando em ir as 21h pra fazer um esquenta, antes de ir, o que você acha?
-Legal. – Disse Camila pasma com o convite inesperado
-Então te pego as 20:30, respondeu ele bem humorado.
Após desligar o telefone, Camila parecia uma jovem quando era convidada a ir ao baile do colégio pelo garoto mais popular.
Ela não conseguia parar de pensar como seria o encontro, não sabia qual era a real intenção de Eduardo, será que tinha alguma coisa a mais alem da amizade? Pois por que ele convidaria ela para sair com um casal de namorados – dizia o coração, já a razão falava que devia ser so pela companhia agradável e pela amizade que estava crescendo dentro no ambiente de serviço, Camila tentava não se preocupar com isso, estava disposta a ficar linda para a noite, resolveu tomar um banho de sais para relaxar, escolheu cuidadosamente o modelo para a noite que tinha que ser impecável, pois era o primeiro encontro casual com Eduardo, tinha que fazer bonito.
As 20:30 em ponto Eduardo buzinou em frente ao prédio de Camila, a moça desceu afobada as escadas pois não queria fazer Eduardo esperar se quer um minuto. Ao entrar no carro sentiu um perfume diferente ao que Eduardo usava no serviço, mais não deixara de ser sedutor quanto ao mesmo. No radio Victor e Leo cantavam Amigo Apaixonado, dizendo tudo que Camila sentia vontade de falar a Eduardo.
Cumprimentou Eduardo , três beijinhos no rosto declararão aberto o encontro, Eduardo encarou Camila com o seu olhar sedutor, esse seu olhar de menino pidão conseguia desnortear qualquer mulher. Camila toda sem jeito não conseguia encará-lo, se sentia constrangida e se sentia mal por automaticamente constranger Eduardo.
Eduardo deu partida no carro, olhou para Camila, deu aquele sorriso maroto e seguiu viagem. Camila não tirava da cabeça a possibilidade daquela ser a noite de sua vida, que o homem ou talvez o “menino” que ela sempre sonhou em seus braços, estava lhe dando mole, estava lhe dando bola. E o medo de falar algo que assuste o garoto? De mostrar tamanho interesse de ter ele ao lado dela pro resto da vida, Mais a uma altura dessa já era tarde demais para não alimentar expectativas criadas por sua mente/ imaginação completamente envolvida e cercada de amor.
Ao chegar no restaurante, Camila e Eduardo encontram Renato e Silvana, o casal de amigos que os acompanhariam durante toda a noite, Camila já se sentia mais a vontade na presença de Renato, pois ele era o cara mais descolado da repartição; o bobão; o palhaço, e acabará com o clima chato e quieto que incomodava Camila. Após o jantar maravilhoso o quarteto se dirigiu ao Canecão, no local se acomodaram no camarote, lugar reservado para os convidados especiais, um ambiente legal, despojado,chique, as poltronas eram reinvestidas de couro italiano, a iluminação baixa, com a companhia o lugar era perfeito, um clima mais quente rolava fácil, fácil, ainda mais que Eduardo tomava a 7º dose de chopp e Camila na segunda garrafa de uma bebida nova que experimentava, à base de vodca e suco de limão. Sem ter comido nada em casa, o álcool fazia efeito rapidamente e talvez por isso sentia-se mais relaxada na presença de Eduardo. Ainda no inicio do show Renato convida sua namorada para curtir o show da pista. Eduardo acenou com a cabeça, perguntando se Camila gostaria de ir também. Embora preferisse o conforto e a mordomia do camarote, ela sinalizou que sim olhando para ele com uma cara de apaixonada. Em uma situação dessas o recomendável era facilitar as coisas para o homem, que na cabeça dela era sempre quem deveria dar o primeiro passo. Ao deixar o camarote sentiu a mão quente de Eduardo tocar a sua, guiando-a e assegurando que não se perdessem em meio à multidão. Nesse instante Camila se sentiu realizada, se sentiu com uma adolescente de 12anos no ápice de seu 1º beijo. Quase no final do show Camila já se sentia preocupada, a chance de beijar Eduardo se diminuía com o passar do tempo, ela percebia as encaradas de lado dele, mais não tinha coragem de encara-o também, Eduardo dava todos os indícios de que queria muito mais do que simples mãos dadas. Ao final do show Eduardo e Camila se dirigem ao carro, as esperanças de Camila começam a morrer ali, no fim da noite, ainda mais depois de um comentário tosco:
- O show foi legal ne? – diz o rapaz tentando acabar com o silencio constrangedor
-É eles são animados. – comenta Camila, que acaba com o clima.
Ao chegar em frente ao prédio, Camila em umas das suas poucas investidas da noite, tenta um ultimo clichê (que sempre acaba funcionando):
-Vamos subir para tomar um café? – diz ela falando rápido, fechando os olhos com o medo da resposta.
Eduardo sem hesitar pergunta aonde pode estacionar o carro, Camila diz para entrar na garagem e estacionar em uma de suas vagas, ao lado esquerdo do corsa vermelho.
Eduardo tira o cinto, Camila faz o mesmo e percebe que Eduardo a olha estaticamente, naquele instante não teve vergonha de encará-lo. Lentamente ela sobe os olhos, de encontro aos dele, que sem dar uma palavra aproximou a mão de seus cabelos, tirando-os do rosto. Apoiando em sua nuca levemente aproximou-se, encostando os lábios contra os seus. Sua outra mão tocava a cintura de Camila, que correspondia ao beijo mantendo a leveza da intensidade, embora sua vontade, ao sentir-se em seus braços, fosse de abraçá-lo com força e beijá-lo infinitamente. Eduardo tinha o beijo perfeito. Nem muito molhado, nem muito lento, era o melhor beijo que já dera em sua vida, um beijo convidativo, de maneira a fazê-la querer sempre mais. Camila podia passar a noite inteira beijando-o mais sabia que se refizesse o convite , lá em cima iria rolar muito mais do que beijos perfeitos, beijos românticos, e não era típico de Camila fazer sexo no primeiro encontro, não por uma idéia conservadora e sim por uma má impressão que ele poderia causar dela, se ela quisesse algo serio com qualquer um, sexo no 1º encontro era uma idéia completamente descartada, pois com uma atitude dessa ele a acharia fácil demais, porem Camila acreditava que Eduardo era moderno e diferente demais dos outros homens para pensar dessa maneira: Ele é diferente
-Vamos subir? Diz Camila indagada de idéias perversas passando em sua mente, afinal, ele era o homem dos seus sonhos.

Após uma noite de amor Eduardo levanta cedo. Eduardo é do tipo de homem que leva café na cama, agradar uma mulher nunca é demais, e com Camila não seria diferente, ele aproveita o pique para ir na padaria comprar algumas coisas para fazer um banquete, antes de voltar para seu apartamento.
09:15 em ponto Camila desperta, e acorda assustada sem saber se a noite de ontem fora uma sonho, procura Eduardo na cama e não o encontra, olha para o lado e se depara com um cartão ao lado de uma rosa, o sorriso e a certeza que a noite não tinha sido so um sonho, nesse instante passa a ser real, o coração bate acelerado, afinal, o que Eduardo deixará no cartãozinho? – Obrigado pela noite maravilhosa tenha um bom dia minha mais nova ROSA. Beijo Edu.
Enquanto Edu chegava atrasado no escritório, Camila tomava tranqüilamente seu café da manhã em casa, aproveitando seu último dia de férias. Estava feliz, feliz com a vida, feliz com Edu, feliz por tê-lo deixado subir e passar a noite com ela. Continuava sem saber as conseqüências daquele encontro, mas não se importava, já havia valido a pena. Esperava continuidade no relacionamento, embora estivesse decidida a não pressioná-lo. O caminho mais curto para afastar um homem era correr em direção a ele, e nisso Camila já esatava acostumada a fazer, só dessa vez seria diferente. Camila tinha um fim de semana inteiro pela frente antes de voltar a vê-lo, obrigatoriamente, no escritório. Achou melhor não procurá-lo. Queria dar a ele a opção de escolha para vê-la ou não, antes do necessário, conforme fosse sua vontade. Ainda assim, a cada vez que o telefone tocava Camila torcia para que fosse ele. 16:57 Edu liga:
― Olá – disse ele de forma carinhosa.
― Oi – respondeu ela docemente. – Tudo bem com você?
― Melhor estraga – disse ele, rindo.
― Que bom. E como foi seu dia? – Continuou ela.
― Normal, a correria de sempre como você já conhece. Imagino que o seu tenha sido bem melhor. O que você fez?

Pensei em você o dia inteiro – pensou ela. Mas respondeu:

― Nada muito especial. Arrumei umas coisas aqui em casa, li um pouco...só!
― Eu só liguei para saber como você estava. E te dizer que gostei muito de ontem.

Aquele comentário sincero, direto e sem meias palavras a quebrou. Ela fazendo doce e ele dizendo abertamente o que sentia. Ainda assim, Camila sabia que não podia fraquejar. Baixar a guarda em um momento crucial como aquele podia ser fatal. So disse:

― Eu também gostei muito, de verdade.
― Nos falamos depois? – perguntou ele.
― Claro, a gente se fala depois. Um beijo – respondeu ela antes de desligar.
Camila era só alegria quando desligou o telefone. Além de tudo ele era atencioso, encantador. Estava apaixonada. Apaixonada já estava antes de passar a noite com ele, agora era mais que isso. Mal conseguia lidar com tamanha empolgação em relação a alguém, vivia um sentimento novo, diferente de todos os outros. Ligou para as amigas contando a novidade, que comemoraram com ela em coro de Tá namorando! Tá namorando!, e também a alertaram para manter os pés no chão. Quanto mais alto o vôo, maior a queda – disse Bruna. Camila já não administrava os riscos. Estava feliz demais para limitar sua animação e sabia que toda grande conquista implicava em um grande risco. Naquele dia não saiu mais de casa. Passou a noite na rede da varanda, ouvindo música e observando as estrelas, que se escondiam atrás de parcas nuvens de uma fresca noite de outono e lendo um livro que Edu recomendara semanas antes. No sábado saiu para almoçar com as amigas enquanto secretamente aguardava outra ligação de Edu, que só aconteceu no domingo. Edu a convidou para um cinema. Com todas as sessões lotadas, acabaram indo jantar. Descobriram afinidades, entre elas a paixão pela culinária japonesa. Entre um sushi e outro conversaram bastante, sobre assuntos diversos, exceto o que havia acontecido entre eles. Camila tinha se prometido não tocar no assunto, não cobrar. Edu agia como se nada tivesse acontecido. De modo geral era econômico nas palavras, apreciava acima de tudo a espontaneidade na atitude das pessoas. Camila percebeu que aquele não era o momento de definir o que acontecia entre os dois. Pela primeira contentava-se vez em viver a relação sem se preocupar com o dia seguinte, e a sensação era ótima pela primeira vez na vida Camila conseguia ter alguém ao seu lado sem soluçá-lo. O dia a dia ao lado de Edu era perfeito, sabia que ele jamais seria capaz de magoá-la. E assim passaram algumas semanas. Juntos decidiram por não contar nada ao pessoal do escritório, embora os comentários sobre o caso dos dois tivessem começado bem antes da relação em si. Camila acreditava que Edu esperava o relacionamento se consolidar para assumi-lo publicamente, mas Edu pensava diferente.
Na noite do domingo, enquanto Edu levava Camila para casa surgiu um papo sobre viagem. Edu adorava viajar no fim de semana. Poucos dias antes, Adriana e Paula comentavam sobre uma viagem em grupo que poderia ser feita, Camila nem pensou em ouvir a opinião de Edu e foi logo confirmando a presença dos dois. Foi com imensa surpresa que ouviu de Edu um sonoro ‘não’ para a viagem, além de uma mensagem implícita de que o que havia entre os dois era superficial e passageiro.

― Você já tem planos para o fim de semana que vem? – perguntou Camila animada, enquanto Edu abastecia o carro em um posto próximo a sua casa.
― Não, por quê? – respondeu ele.
― É que as meninas estão programando uma viagem à Paraty. É um grupo grande de amigos, vai ser animado. Vamos? – continuou ela.

Edu hesitou por alguns segundos antes de responder.

― Camila, eu queria te dizer uma coisa, mas não quero que você me entenda mal.
― Pode falar – respondeu ela, gelada com o tom cerimonial dele.
― De uns tempos para cá tenho visto que você não sai mais com suas amigas, temos saído quase sempre só nós dois...
― É verdade, mas... – interrompeu ela.
― O que eu acho bom, porque gosto de sair com você, me sinto bem ao seu lado – retomou ele. – Mas eu não quero que você se prenda a mim desta maneira. Tenho medo de que você esteja criando expectativas que eu não sei se vou pode atender. Eu saí de um relacionamento sério há pouco tempo, como você deve saber... E neste momento não posso te dar nenhuma garantia do que vai ser daqui para frente.

Camila ficou em silêncio, olhando para ele atordoada com o que ouvia. Respirou fundo antes de dizer o que achava.

― Olha Eduardo, antes de mais nada, eu não deixei de sair com as meninas. Elas são minhas amigas há anos e vão ser sempre. É claro que quando estamos... – hesitou um pouco, para depois continuar – ...saindo com alguém, a gente acaba se vendo menos mesmo, é natural. De qualquer forma eu acho que você não precisa se preocupar comigo neste sentido. Eu entendo o seu ponto de vista – embora não concorde, pensou ela – e vou respeitá-lo, Camila retornou a disser – Pensei que você fosse diferente Eduardo, mais me enganei mais uma vez, não sei por que toda vez isso acontece comigo, eu so queria alguém do meu lado pra poder abraçar, pra poder contar nas horas difíceis, alguém que pudesse me acompanhar, pensei que tivesse encontrado esse alguém em você, mais pelo visto não foi isso, lamentável, você poderia ter sido o único, pena que não quis, acho melhor acabarmos com essa palhaçada por aqui.
Com lagrimas no olhar Camila desceu do carro e foi caminhando ate seu prédio, Eduardo sem saber o que fazer, resolveu jogar tudo pro alto, resolveu desencanar, talvez ate por que ele so tinha 21 anos estava na melhor fase de sua vida, muita mulher e muito dinheiro ainda por vir, pra ele apesar de não parecer, Camila so mais uma aventura.

Curiosa como poucas palavras podiam arruinar um fim de semana que até meia hora atrás havia sido perfeito. No sábado acordaram cedo para caminhar no calçadão do Leme. Almoçaram na Urca para mais tarde assistir a uma peça, em um teatro no centro da cidade. No ensolarado domingo a praia estava perfeita, assim como o peixe que degustaram em um restaurante de frutos do mar da Rua Toneleiros, em Copacabana. E de sobremesa, tudo que Camila conseguiu foi aquele indigesto e imprevisível comentário. Podia dormir sem essa – pensava ela enquanto tomava o elevador de seu prédio, ainda em choque com tudo que acabara de ouvir e de dizer. Mais e agora o que fazer com esse amor? Camila ainda se sentia envolvida com Eduardo.
Se havia alguma coisa que Camila tinha aprendido como relacionamento com Edu, era a não criar expectativas em torno de alguém, ela acreditava que o garotão sarado e ao mesmo tempo serio da repartição, era o homem da sua vida, mais so bastaram alguns meses e algumas lagrimas para perceber que ele era so mais um idiota que passara em sua vida, talvez ela pensasse que ele fosse diferente, mais ele não era, a única diferença que existia estava na cabeça de Camila, as vezes criamos expectativas sobre as pessoas que talvez nunca possam chegar a existir. Muitas vezes chegamos a acreditar que “essa” é a pessoa de nossas vidas, o ‘amor eterno’, mais só basta alguns dias, meses, quem sabe anos, para cairmos em contradição, e ver que não era isso, o amor é uma CONSTANTE VARIAVEL.

sábado, 1 de novembro de 2008

Memorias

Hoje pela madrugada abri meus olhos com um silencio absoluto, o Maximo que conseguia ouvir era o tic tac do relógio que após 5 bipes marcavam 5h da manha, abri os olhos e continue estática, sem me mexer, e logo após acordar de um sonho que estava mais para um pesadelo estranho, um filme começou a passar em minha mente -Mais por que isso agora? Mais por que lembrar disso agora? Já são 5h da manha poxa, amanha acordo cedo, tenho que ir trabalhar. Foi nesse momento que que eu cai em contradição deixei todos meu planos de esquecer o passado e construir uma vida nova irem por água a baixo, prometi a mim mesma nunca mais lembrar ou se quer tentar lembrar, e por que logo agora memórias assombram minha mente fraca que só esta tentado esquecer um pouco as coisas e tentar viver, mais por que agora? Estava indo tão bem, estava vencendo as etapas do medo, estava voltando a viver novamente, já estava com aquele sorriso gostoso no rosto, família se entendendo novamente, um empreginho bom, não tão bom mais já é um bom começo, um namorado maravilho, amigos especiais, as coisas pareciam estar indo tão bem, e logo agora outra recaida? Nao pode ser, fechei meus olhos com toda minha força, comecei a rezar como quando era criança e minha mae dizia - Se tiver pesadelo reze e peça ajuda para Deus. Foi nesse momento que eu senti uma leve lagrima escorrer sobre meu rosto e tocar ao travesseiro, e foi nessa hora em que levantei me ergui novamente e jurei a mim mesma que nao iria dessistir agora!
Memorias...memorias...memorias é incrível como apenas memórias conseguem fazer você desmoronar em alguns segundos, o mais incrivel ainda é como elas me deram forças para me reerguer, só quero esquecer o inesquecível, será que você em meu lugar esqueceria tambem?

Deduza o que bem entender, a imaginação é sua.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Rotulos

Esses dias eu estava pensando, como fazer algo sem machucar alguém?
Tive ate umas opiniões diversas, umas diziam para eu me exilar, ficar reclusa no meu canto, outras já disseram para eu ser só eu mesma.
E refletindo sobre ambas, cheguei a uma conclusão simples: Só podemos fazer algo sem machucar alguém quando pararmos de criar rótulos, porque quando rotulamos algo automaticamente criamos expectativas e quando mesmo não supridas ou alcançadas, nos decepcionamos e culpamos aos outros, quando na verdade o único culpado fomos nós, por rotularmos tudo. Então deixemos de criar rótulos e passemos a viver mais. Sem ilusões; logo sem decepções

sábado, 25 de outubro de 2008

O Tempo Não Existe, é Voce Quem o Cria

Por que perdemos tanto tempo pensando no ontem ou no amanha se o tempo não existe?
Por que nos prendemos tanto com coisas passadas e nos queixamos de ter perdido tempo, se o tempo não existe?
Por que só achamos que estaremos bem no futuro se o amanha talvez nem chegue a existir?
A verdade é que somos covardes de enfrentar o presente e deixar a vida nos levar, usamos essa válvula de escape chamada ‘TEMPO’ que nos faz sonhar que o amanha será melhor ou que o ontem já foi melhor, mais que besteira isso... TEMPO não existe, o que passou, passou, o que for pra ser será, mania nossa de achar e procurar algum defeito na vida, que criança nunca disse? – Não vejo a hora de ter 18 anos para poder ser livre, fazer o que eu quiser. E a mente cria essa fantasia, e quando chega aos 18 anos o que acontece? Nada ela nem vê que esse tempo se passou e que nada mudou, continua ali, em casa, sem a tal da liberdade, tão sonhada, e ela imagina, aaaah daqui 5 anos eu me formo e vou ter um ótimo emprego, ai sim serei completamente livre e feliz, logo que se passa os 5 anos, e ela continua na mesma e se pergunta: -Poxa o que esta faltando? O que deu errado? – Deve ser pq eu não me cansei e tive filhos ainda, ela vai e casa e constrói mais expectativas em cima disso , passa-se anos e ela agora bota a culpa na tal aposentadoria que ainda não saiu, não vê a hora de se aposentar, e deseja que esse suposto TEMPO passe o mais rápido possível. E passa mais alguns anos, e quando ela vai acordar pra vida, viu que esse TEMPO já passou, e expectativas morrem e nascem, e o momento mais contraditorio da vida é quando ela se depara com uma criança, e á olha, e logo diz: - Aii se eu pudesse voltar ao tempo e ter os meus 10 anos de idade de volta..